EVIDÊNCIAS – Visto americano para profissionais qualificados

Mark Morais

“E nessa loucura de dizer que não te quero

Vou negando as aparências

Disfarçando as evidências

Mas pra que viver fingindo

Se eu não posso enganar meu coração?

Eu sei que te amo!”

Ao contrário dos sertanejos Chitãozinho e Xororó, recebo muitas perguntas de pessoas querendo saber, não como “disfarçar as evidências”, mas como melhorá-las. Evidências, no caso, são as provas que alguém apresenta quando dá entrada em um pedido de visto americano, que pode ser, por exemplo, um EB1, o visto de “habilidades extraordinárias”, ou o EB2 – NIW, o visto de “Importância Nacional” (Para saber mais sobre eles, clique aqui: EB2-NIW; O-1; EB1). Essa é a famosa “pergunta de um milhão de dólares” e, felizmente, o Pai Mark tem a resposta. 

A capacitação profissional sempre foi o melhor caminho para alcançar o sucesso, e ela também pode abrir as portas da América para você. Os Estados Unidos são muito receptivos para profissionais estrangeiros qualificados, e a atual administração de Donald Trump, assessorado pelo bilionário sul-africano Elon Musk, pretende facilitar ainda mais essa entrada de cérebros.

Muitos dos meus clientes possuem um currículo recheado de cursos de especialização, ou atuam há bastante tempo em sua área e, portanto, seu portfólio de evidências é bastante robusto, o que possibilita que eles consigam vistos em um período relativamente curto, de alguns meses. Mas este pode não ser o seu caso: você ainda não tem muitos anos de experiência profissional ou um currículo qualificado e, apesar disso, começou a cogitar a hipótese de migrar para os Estados Unidos; o sonho de viver na América está despertando em seu coração esperançoso. Sim, isso é possível; especialmente se você seguir as dicas de ouro abaixo:

Antes de mais nada, você precisa saber que existe uma espécie de roteiro que os agentes de imigração seguem para verificar a qualificação profissional dos pretendentes a um visto de trabalho ou de residente permanente; assim, se conhecer os critérios utilizados na análise curricular dos candidatos, você poderá se qualificar em alguns deles dentro de pouco tempo – obviamente, com bastante esforço e dedicação. Abaixo, trarei alguns exemplos que podem ser alcançados em pouco tempo:

Primeiro:

Ser membro de associações profissionais cuja participação seja condicionada à realização de feitos relevantes. Procure associações de classe que exijam de seus membros realizações de destaque na sua área; apenas o pagamento da mensalidade não vai ajudar muito a convencer o agente da imigração de que você é um profissional de excelência, especialmente para os vistos EB-1 e O1-A. Caso não encontre esse tipo de associação no Brasil, procure filiar-se a entidades estrangeiras.

Segundo:

Aparições na mídia. Muitos profissionais não se preocupam muito com isso, ocupando-se mais em fazer crescer seus negócios e ganhar dinheiro; porém, a exposição na mídia pode fortalecer bastante o seu portfólio de evidências: Como dizem os publicitários, propaganda é a alma do negócio, e, para quem deseja um visto americano, estar na mídia é um dos critérios levados em conta. Mas, repare: essas exposições não podem ser pagas: não adianta investir em anúncios; ao invés disso, contrate assessorias de imprensa, coloque-se à disposição de veículos de comunicação para emitir opiniões na sua área de atuação; estes veículos sempre estão em busca de geradores de conteúdo. Também não pense que sair nas colunas sociais vai fortalecer o seu currículo; sua presença na mídia deverá ser relacionada à sua atuação profissional.

Terceiro:

Ser convidado para julgar o trabalho de outros profissionais. Busque participar de bancas de conclusão de cursos: avaliação de monografias, dissertações e teses; além disso, procure ser jurado em eventos, fazer revisão de artigos em publicações especializadas. Para isso, faça contato com as faculdades, ou com instituições como o SEBRAE, por exemplo.

Quarto:

ser autor ou coautor de artigos acadêmicos publicados. Comece a escrever. Escreva artigos. Escreva colunas em jornais ou revistas; consiga que seus artigos sejam publicados.

Os dois pontos seguintes geralmente já fazem parte do currículo de profissionais qualificados que atuam há algum tempo em sua área:

Quinto:

Salário ou remuneração acima da média. A maioria dos profissionais que estão em busca de um visto de habilidades extraordinárias já
possui anos de experiência e, consequentemente, já recebem remuneração acima da média no Brasil, em sua área de atuação.

Sexto:

Ter exercido papel importante ou de liderança em organizações importantes. Neste caso, o profissional deverá comprovar:

1) em qual organização exerceu determinado papel relevante ou de liderança;

2) a relevância dessa empresa no cenário, local, nacional ou mundial;

e 3) qual foi o papel de importância ou liderança exercido dentro do organograma da instituição, e demonstrar qual foi essa importância.

Repare que elencamos acima seis pontos de reforço do currículo de um candidato para fortalecer a comprovação de habilidades profissionais extraordinárias em sua área; ora, para obter o visto EB-1, por exemplo, você precisa comprovar estar qualificado em três critérios, de uma lista de dez; e, para o visto O-1A, é preciso igualmente demonstrar qualificação em três; porém, de uma lista de oito.

Portanto, caso você já receba remuneração acima da média (e, como eu disse, se é um profissional de destaque na sua área, certamente esse será o seu caso) e exerça papel de liderança ou destaque em uma organização conceituada, sua corrida para o visto já conta com dois critérios preenchidos, ou seja, você dá a largada com dois critérios de vantagem.

E, se você “correr atrás” para publicar artigos acadêmicos; participar de bancas julgadoras dos trabalhos de outros profissionais; ter seus trabalhos e opiniões divulgados na mídia; e ser membro de uma associação de classe, poderá acrescentar mais quatro critérios aos seus dois iniciais, qualificando-se, muito provavelmente, para pleitear um visto EB-1, ou O-1, ou até mesmo um EB-2 NIW.

Eu costumo ser bem realista ao avaliar o perfil dos meus clientes; quando percebo que alguém não reúne ainda condições sólidas para requerer o EB-1 (o chamado “visto Einstein”, para profissionais com habilidades extraordinárias), cujo nível de exigência na análise dos requisitos é bastante elevado, recomendo que essa pessoa solicite o visto O-1 que, apesar de também ser um visto de trabalho destinado a profissionais com habilidades extraordinárias (mas que, entretanto, não dá o direito ao greencard), comporta uma análise mais favorável dos critérios; e, caso seja aprovado, seu portador recebe, das autoridades americanas, a chancela de ser um profissional de habilidades extraordinárias.

Ou seja, o próprio governo americano estará dando a essa pessoa subsídios mais robustos para requerer, com mais propriedade, um visto EB-1 ou EB-2 NIW; e, o melhor, esse processo pode ser feito com a pessoa dentro dos Estados Unidos.

Portanto, se você pretende imigrar legalmente para os EUA, não deixe de seguir essas dicas; fazendo isso, você aumentará bastante as suas chances de obter seu tão desejado visto.

Eu também fiz um vídeo sobre esse tema: assista aqui

Se quiser saber mais, agende uma consulta.

Boa sorte!

Sobre Mark Morais

Mark Morais é advogado de Imigração e proprietário da Mark Morais Law Firm, escritório americano responsável por processos jurídicos de vistos e green cards para os Estados Unidos. 

Mark é o único advogado brasileiro-americano que já trabalhou nas 3 principais agências federais de imigração dos EUA (USCIS, CBP e ICE) desempenhando as funções de Promotor de Imigração, Oficial de Asilo Político e Policial Federal de Imigração e Alfândega.

Mark Morais é formado em Direito e Administração de Empresas no Brasil e é Doutor em Jurisprudência nos Estados Unidos. Ele é licenciado para praticar Direito no Estado da Flórida e também na Capital Federal (District of Columbia). 

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